Dietas não funcionam

A primeira providência das mulheres curvilíneas é: Fazer dieta. Ela me pegou cedo. Morando em uma casa de cinco mulheres: eu, prima, mãe, tia e vó, cujo assunto recorrente era peso e calorias, minha primeira dieta radical, apesar de magra, foi aos 14. Resultado a curto prazo: 10 quilos a menos e visual esquálido. A longo prazo: compulsão alimentar e muitos quilos a mais, além do efeito sanfona do eterno emagrece-engorda, engorda-emagrece. Até bem pouco tempo atrás, eu passava fome dia de semana e tinha ataques de fúria alimentar nos finais de semana, até que resolvi ser inteligente e dar um basta nas dietas. Simplesmente por um motivo: Elas não funcionam. E não sou em quem diz. Pesquisas americanas concluíram que 95% das pessoas que fazem dieta voltam a engordar, até mais do que antes da restrição alimentar. É disso que vive a indústria bilionária da dieta. Você perde peso e fica feliz, depois volta e engordar e procura o que te fez perder peso, nesse ciclo sem fim. Funciona assim: Você passa fome e seu organismo, faminto, acusa alguns quilos a menos, só que ele nunca esquece das restrições impostas, e além de reduzir o metabolismo como forma de proteção, afinal, ele tem medo de uma nova restrição alimentar, ele faz com que você não se controle diante de um prato de macarrão ou uma sobremesa regada a chocolate porque a máxima é conseguir estocar o máximo de energia. Nós menosprezamos a inteligência dessa máquina extraordinária que é o nosso corpo. Apesar da ideia ainda não ser muito conhecida no Brasil, muita gente nos EUA (o país mais gordo do mundo), entendendo que dietas não funcionam, passou a aderir ao "intuitive eating" ou comer intuitivo que nada mais é do que comer como aquela sua amiga magra que come de tudo e não engorda. E simplesmente porque ela come quando tem fome e pára de comer quando a fome vai embora. Não existe alimento permitido e proibido. Existe comer o que o corpo pede, quando ele tem fome, e parar quando satisfeito, ainda que sobre comida no prato. Aderi a esse pensamento desde o início do ano. Estou mais leve, mais feliz e sobretudo, mais livre. Falarei mais do comer intuitivo em posts que virão.